domingo, maio 29, 2005

Já não há homens como antigamente



O presidente da Câmara de Coimbra considera que o atravessamento da cidade por um comboio é ?pior? do que a supressão do troço do metro que ligaria Lousã a Serpins.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), o social?democrata Carlos Encarnação, manifestou?se ontem contra a electrificação do ramal da Lousã e disse que a autarquia tudo vai fazer para se opor a esta solução, caso ela venha a ser equacionada pelo novo Governo, que cancelou, recentemente, o concurso público internacional do metro ligeiro de superfície (MLS) de Coimbra.
?A CMC não concebe a cidade sem o metro. Se avançarem com a electrificação, a câmara não está interessada. Não está interessada em ter um comboio electrificado a atravessar a cidade?, afirmou o autarca aos jornalistas, pouco antes do início da reunião quinzenal do executivo camarário.
Insistindo que a autarquia a preside ?não tem outro interesse que não seja o metro?, Carlos Encarnação diz rejeitar, desde já, o atravessamento da cidade por um comboio solução que considera ?aberrante?. ?É pior o atravessamento de Coimbra por um comboio do que a supressão do troço Serpins?Lousã?, disse, considerando a solução Lousã?Miranda?Coimbra ?não era um mal menor, era um bem maior?.

O vereador da CDU, Jorge Gouveia Monteiro, alertou para o facto de se estar a "pôr em risco um importante investimento para a cidade#?. Não faltará quem prefira a 25.ª ponte sobre o Tejo ou a 14.ª ponte sobre o Douro em detrimento do MLS em Coimbra.

É por estas e por outras que Coimbra já é a 14ª cidade deste País.
Como diz a outra " já não há homens como antigamente".

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