quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Arganil - a história é antiga de milénios,

Em Arganil, a história é antiga de milénios, como testemunha a necrópole megalítica da Lomba do Canho que uma guarnição Romana ocupou muitos séculos depois.Milenar quando falamos do Mosteiro de Arganil que, com segurança sabemos, existia em 1086, e que terá sido transferido para a Mata de Folques cerca de 1190. A riqueza territorial do Mosteiro não parará de aumentar pelo menos até à centúria de seiscentos. S. Goldorfe, o seu primeiro Prior, não será alheio a este facto. Generoso e humilde em vida, reconhecido pelos seus prodígios curativos, o seu culto atraía muita gente temente a Deus.Mas, em Arganil, a vida monacal não existiu apenas em Folques. O convento franciscano de Santo António de Vila Cova do Alva foi solenemente inaugurado em 1723. A extinção das Ordens Religiosas levou-o para mãos particulares e o tempo e o gosto trouxeram-lhe irremediáveis alterações. E é ainda a História que marca a paisagem em S. Pedro, lugar que deve o seu nome à Capela que desde os finais do século XIII nos conduz a Marinha Afonso e seu marido, D. Fernando Rodrigues Redondo, que mandaram edificar os Paços de Arganil e esta Capela que continua a ter S. Pedro como orago. E a História poderá continuar pelas palavras do Padre A. Carvalho da Costa porque "... tem esta villa pessoas nobres..." e deles nos ficaram Capelas, como a dos Mello na Matriz de Arganil mandada edificar por Pedro Fonseca, Capitão Mor da Vila e Administrador das Minas de Ouro de Folques. Em Arganil, são ainda as Capelas do Senhor da Agonia, do Senhor da Ladeira, da Santíssima Trindade e da Nossa Senhora do Mont'Alto que fundem a história com a devoção das Gentes.No final do Verão quando Setembro chega, a Senhora do Mont'Alto continua a ser lugar de devoção. Mas há também a Festa. E as bandas de Música. E o bem comer. Porque os enchidos, o arroz de miúdos à moda de Folques, o cabrito assado acompanhado de grelos fresquinhos e pão caseiro e a Tijelada, provavelmente criada no Mosteiro de Folques, no século XVII, continuam a alegrar os nossos dias.

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