Poucos acessos e poucos pontos de água nas matas dificultam os bombeiros no combate aos incêndios. O dedo é apontado à falta de ordenamento das autarquias, mas estas, por sua vez, responsabilizam o Estado por não cumprir com as suas obrigações. Uma má gestão florestal, em que as espécies arbóreas não estão adaptadas ao nosso clima é também referenciada como estando na origem de grandes incêndios.
Mais de metade da nossa tem um risco de incêndio elevado ou muito elevado, segundo uma cartografia distribuída a todas as autarquias e corporações de bombeiros da região.
«Devia ser feito aquilo que é obrigação das autarquias. As nossas máquinas deviam andar a limpar todos os caminhos florestais e os acessos às povoações, deviam algumas zonas ser dotadas com pontos de água...».«Os privados, não se podem substituir ao que é da competência das autarquias e do Estado (secretaria de Estado e direcção-geral) na limpeza dos matos à beira dos caminhos».
«Sabemos que somos um município de risco e para o minimizar a enorme quantidade de estradas e caminhos deviam ter sido este ano renovados e limpos a exemplo de outros minicipios.
« O problema que se passa e que se deixou criar por total desleixo no novo progresso, é que a nossa floresta não está adaptada ao clima que temos e existem novas classes enriquecidas com a industria do fogo».
«As nossas matas que não são florestas têm muito pinheiro e eucalipto .....e o crime compensa.
É na falta de acessos e na falta de limpeza e ordenamento das matas que os soldados da paz encontram as maiores dificuldades no combate às chamas. «Muitas vezes falam nos meios que os bombeiros possuem ou não, na sua formação, mas esquecem-se que tudo deve começar na prevenção». É por isso que reclamam, por parte das autarquias, uma maior sensibilidade para a estas questões.
Houve alguem que disse...
«Nós costumamos fazer planos de intervenção municipal mas este ano, por exemplo, não apresentamos nenhum porque só agora está a ser trabalhado. O que se passa é que com a extinção das comissões especializadas de fogos florestais (ceff) e a introdução das comissões municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, cuja lei foi aprovada recentemente, só agora é que se está a avançar nesta matéria».
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