segunda-feira, agosto 16, 2004

FUTEBOL - Pancadaria termina jogo aos 60 minutos

MIRANDA DO CORVO - Pancadaria termina jogo aos 60 minutos - FUTEBOL


O jogo de apresentação do Mirandense, frente ao Pampilhosa, não chegou ao fim. Cenas de pancadaria terminaram a partida meia-hora mais cedo.
Muita gente se interroga sobre a razão que leva muitas pessoas a, num dia de sol, abdicarem da praia para ver 22 rapazes a correr atrás de uma bola. A resposta é clara: as emoções que o futebol proporcionam. O ser humanos vive e precisa delas, e nada melhor que um jogo de futebol para as fazer despertar.
Todavia, e por muito que custe a muita gente, o futebol é apenas um jogo. Um simples jogo, importante devido à sua popularidade, mas onde não se jogam vidas. E, apesar de nem todos ainda terem percebido (ou outros não os deixam perceber, devido à exagerada importância que lhes dão), os futebolistas são os únicos protagonistas. As emoções são de tal forma fortes que, muitas vezes, o aceitável é ultrapassado e aquilo que não se devia ver num campo de futebol acontece.
O que aconteceu em Miranda do Corvo não foi nada que nunca se tivesse visto mas, como sempre, foi uma vergonha. E, como (quase) sempre acontece nestas situações, no final de tudo aquilo que se viu, pode procurar-se culpados em todo o lado menos naqueles que são, ou deviam ser, os únicos protagonistas: os jogadores. É verdade que o futebol praticado esteve longe de ser de qualidade mas, os constantes nervos, picardias e "bocas", entre dirigentes, árbitros e treinadores são incompreensíveis, para mais num jogo amigável (!?).
No Campo do Mirandense, em Miranda
A 1.ª parte foi jogada a um ritmo lento. O Pampilhosa, privilegiando o futebol jogado de pé para pé, passou a dominar, a partir dos 20 minutos, um jogo até então equilibrado. As constantes trocas de bola confundiam os homens de Miranda a meio?campo e, a capacidade física de Luís Miguel e a velocidade de Pazito criavam grandes dificuldades aos ?centrais? adversários. Aos 24 minutos, Pazito foi lançado, ganhou em velocidade a Paulo Roberto, ainda ?preso? de movimentos, e caiu dentro da área. Toque ou aproveitamento de contacto? O lance levantou dúvidas mas Bebé fez o seu papel e abriu o activo. Viveu?se uma fase de pior qualidade e poucos motivos de interesse. À beira do intervalo, Cortez agarrou uma bola à segunda e, perto dele estava Queirós que caiu. O árbitro descobriu novo penalti e Queirós empatou.

Intervalo foi mau conselheiro
O primeiro "motivo de interesse" da partida ocorreu ao intervalo, com dirigentes dos dois emblemas a envolverem-se em confrontos verbais e físicos e a terem de ser separados por atletas e algumas pessoas mais sensatas.
A 2.ª parte acabou por ser ainda mais "interessante". Foram 15 minutos de mau futebol, com continuadas "bocas" de dirigentes a dirigentes, acerca de assuntos que pouco têm a ver com futebol.
Refira-se, entretanto, que antes do jogo, tinha ficado acordado que, caso algum atleta tivesse uma atitude menos correcta, e para não se estragar o jogo (!), o árbitro pediria a sua substituição ao técnico.


Aos 60 minutos, o árbitro Miguel Costa exigiu, de forma inexplicável, a substituição de Mauro. Amândio Barreiras, farto de alegadas "provocações do trio de arbitragem aos atletas da sua equipa" invadiu o campo para pedir satisfações ao juiz da partida.
Depois do aglomerado de treinadores, jogadores, árbitros e dirigentes, em pleno relvado, num cenário pouco dignificante, o Pampilhosa optou por abandonar a partida e regressar aos balneários - decorria o minuto 60.

Comentários cá do je......

Até parece que estamos no Iraque...

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