A Lousã está a despertar o apetite de três cadeias de hipermercados. Uma delas já tem viabilidade aprovada e as outras só vão conhecer a decisão da Câmara no dia 23 deste mês. O crescimento do concelho e os seus bons indicadores de poder de compra justificam o crescente interesse
Existem neste momento três cadeias de supermercados de média dimensão interessados em instalar-se na Lousã. Sabe-se que o Modelo, O Dia e uma cadeia que se mantém sob o anonimato apresentaram pedidos de viabilidade à Câmara Municipal.
Um deles já foi despachado favoravelmente, embora com bastantes condicionalismos.
Os outros encontram-se em análise, estando prevista uma decisão para o dia 23 de Agosto que será divulgada em sessão camarária.
Para já, a única viabilidade emitida foi solicitada pela empresa Almeida Santos e C.ª que efectuou um pedido para instalação de uma unidade comercial do ramo alimentar, no terreno que confronta com a rotunda de acesso à Rua de Coimbra.
Aquela empresa, que se mantém sob o anonimato, cumpre os requisitos legais, embora tenha sido estipuladas uma série de condicionantes.
«Como se trata de uma entrada na vila não queremos que se construa nada que não se enquadre arquitectonicamente».
Concelho muito apetecível
O recente interesse das cadeias de hipermercados pela Lousã parece estar intimamente relacionado com dados divulgados recentemente que colocam aquele concelho no 16.º posto do índice de desenvolvimento social do país, à frente de cidades como Cascais, Sintra e Oeiras, e no 60.º lugar no que diz respeito ao poder de compra.
Para além destes factores, que obviamente serão muito estimulantes, a Lousã é um concelho em acelerado crescimento populacional, conforme demonstram os últimos censos.
Associação Comercial e Industrial está contra a situação é ?incomportável?
Quem não está satisfeito com este «ataque» das grandes cadeias é a Associação de Comercial e Industrial e Agrícola da Serra da Lousã (ACIASL) que, em reunião realizada no dia 29 de Julho, manifestou o seu desacordo.
«Neste momento achamos que é incomportável a instalação de mais duas superfícies comerciais na vila.
Para demonstrar que a vinda de mais unidades seria desastroso para todo o comércio da zona, principalmente na vila, a ACIASL vai elaborar um estudo de impacte económico na Lousã para apresentar numa comissão municipal constituída em Julho, no seio da direcção-regional do Ministério do Ambiente.
Comentarios ca do je.....
Quando estas coisas acontecem, espera-se que essas unidades venham ajudar e colaborar com o desenvolvimento local e regional.
A ACIASL será que se preocupou já em que qualquer dessas unidades venha a colaboração no escoamento dos produtos horticolas da região?...e das carnes ou dos enchidos?
Que não aconteça como o "Ecomarche" de Poiares que se recusa a ter nas prateleiras a Agua de Penacova e o mel da serra da Lousã....apesar de procuradas pelos clientes.
Assim não dá.
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